"Uma raça planetária que sequer sabe ao certo como surgiu, de onde veio,
qual o significado da vida ou mesmo o que a espera, deveria ter um mínimo
de prudência ao analisar questões conceituais no campo da filosofia
existencial. Entretanto, como se movidos por algum tipo de orgulho
doentio que nos cega e nos impede de analisar, com melhores critérios, o
universo que nos cerca, mesmo não sabendo "muita coisa a respeito de
coisa alguma", muitos pretendem afirmar, com toda pretensão, que somos
o centro da criação universal.
O conceito de antropocentrismo - palavra grega que entroniza o homem
como o centro de todas as coisas - é uma herança direta da cultura grega,
ao tempo em que no seio daquele povo surgia, pela primeira vez na história
ocidental, a tomada de consciência do homem sobre si mesmo, como
também, a busca de explicações racionais sobre a realidade que o envolvia. Foi o início da ciência, da forma como a conhecemos na atualidade.
Contudo, lá estava uma idéia que terminou se transformando em ideal, aspecto que contaminou de orgulho a lenta evolução do pensamento na
busca de entender a função do ser humano diante da vida.
Em vez de ajudar a "compreender" essa função, o ideal antropocêntrico foi transformado em pedra angular de uma formulação filosófica que, apesar de equivocada, tornou-se fundamental para o progresso das idéias, influenciando diversas áreas do conhecimento, notadamente as criações artísticas e os postulados religiosos.
Como tudo o mais que se situa na tênue fronteira entre filosofia e religião,
o antropocentrismo, que de conceito havia sido transformado em ideal
filosófico, era agora uma crença imposta pelos mecanismos dominantes
das elites religiosas das diversas épocas da nossa história. E o pior, tinha
que ser aceita sob pena de, quem a ela não se submetesse, sofrer
violências de toda ordem, em nome do doentio orgulho humano que
entronizou a si mesmo como uma "espécie criada à imagem e semelhança
do criador", sem que, contudo, jamais tenhamos, enquanto espécie
biológica, compreendido o real significado desse conceito.
Tolo e desprovido de qualquer lógica, o orgulho intelectual do ser
terrestre continuou a produzir verdadeiras "pérolas da distorção da
inteligência" ao firmar em si mesmo o pretensioso papel de pontificar
sobre o que estava situado um pouco mais além do seu modesto horizonte
de percepção. assim agia, mesmo sem sequer poder traçar conclusões
absolutas - fosse através de dogmas ou de postulados científicos - diante
do que lhe era possível perceber.
Conceitos dogmáticos sobre temas referentes à "cólera de deus", anjos e
carros voadores, deuses e semi-deuses, pecados, paraíso, inferno e tudo
mais, enfim, que envolvia a vida terrena, foram sendo expostos como fator
de crença fanática e, portanto, assimilados como pretensas verdades, ao
longo das páginas da nossa história.
Esbarrando no limite do que não podia compreender, ainda assim, o ser
terrestre criou todas "essas verdades" e "ai de quem" com elas não se
agrupasse, na tola presunção de saber o que, de fato, ainda não se sabe.
dessa maneira, adquirimos o estranho hábito de dar como certo aquilo que
somente podemos supor, se é que a nossa suposição encontra-se
minimamente sustentada por algum aspecto da verdade.
Passamos a emitir conceitos outros que nos permitissem classificar a
realidade a nossa volta, o que é normal e correto. nesse processo,
traçamos um limite conceitual ao que era terreno e ao que não era assim
considerado. Em referência a este último grupo, resolvemos chamar de
extraterrestre a qualquer coisa ou entidade que não se encontrasse na
terra, da forma como concebemos a existência.
Se assim é, o próprio conceito de Deus teria que ser extraterreno, como também qualquer outro que envolva a personalidade de alguém que não esteja vivendo na terra.
No caso, os que algum dia viveram na terra e que, porventura, ainda estejam "vivos", só que em outras condições existenciais, como por exemplo, o mestre Jesus, como a sua personalidade deveria ser hoje classificada, se não como uma individualidade cósmica que vive, de alguma maneira, além da nossa concepção conhecida de existência e fora do que se poderia ser classificado como terrestre? Será que não deveríamos nos referir a sua excelsa personalidade como a de um ser extraterrestre, pelo simples fato dele não viver na terra? Qual o problema? Acostumamo-nos a amesquinhar e a ridicularizar os aspectos extraterrenos que nos envolvem a vida cotidiana como se esses fossem de "tom menor" ou "ridículos", diante do império das "verdades conceituais" impostas pelo orgulho intelectual das elites que nos governam. Dessa forma, o fator extraterrestre na nossa existência ficou sempre à margem dos "estudos sérios", já que distorcido pela própria ótica de interpretar os fatos, conforme modelos pré-estabelecidos, como se fossem estéreis paradigmas a nos limitar o entendimento. Esses bloqueios até hoje marcam a compreensão que temos sobre a realidade ao nosso redor.
Assim, parece termos perdido o elo que nos uniu a um passado que, por ter sido sempre observado através da ótica viciada do presente, jamais foi, verdadeiramente, analisado. E nem muito menos foi convenientemente medida a influência dos fatores externos na questão do aparecimento e da evolução da vida no nosso planeta. Por conseguinte, tudo o que era "de fora" e que se situava além do limite do que era taxado como "terrestre", era classificado, de alguma maneira, pela crença religiosa e não pelo estudo científico, hoje já é sabido pela ciência.
Sabe-se, atualmente, que existem mais estrelas e planetas no universo - somente naquele que é atualmente conhecido pelo homem - do que todos os "grãos de areia" da terra. O interessante é que, mesmo representando tão pouco, devido a sua modestíssima participação no total, a viciada ótica terrestre tem a pretensão descabida de, mesmo sem ainda conhecer o suficiente para poder algo concluir sobre a questão extraterrestre, transformar em "coisas sem importância" o que de mais importante existe.
Se assim é, o próprio conceito de Deus teria que ser extraterreno, como também qualquer outro que envolva a personalidade de alguém que não esteja vivendo na terra.
No caso, os que algum dia viveram na terra e que, porventura, ainda estejam "vivos", só que em outras condições existenciais, como por exemplo, o mestre Jesus, como a sua personalidade deveria ser hoje classificada, se não como uma individualidade cósmica que vive, de alguma maneira, além da nossa concepção conhecida de existência e fora do que se poderia ser classificado como terrestre? Será que não deveríamos nos referir a sua excelsa personalidade como a de um ser extraterrestre, pelo simples fato dele não viver na terra? Qual o problema? Acostumamo-nos a amesquinhar e a ridicularizar os aspectos extraterrenos que nos envolvem a vida cotidiana como se esses fossem de "tom menor" ou "ridículos", diante do império das "verdades conceituais" impostas pelo orgulho intelectual das elites que nos governam. Dessa forma, o fator extraterrestre na nossa existência ficou sempre à margem dos "estudos sérios", já que distorcido pela própria ótica de interpretar os fatos, conforme modelos pré-estabelecidos, como se fossem estéreis paradigmas a nos limitar o entendimento. Esses bloqueios até hoje marcam a compreensão que temos sobre a realidade ao nosso redor.
Assim, parece termos perdido o elo que nos uniu a um passado que, por ter sido sempre observado através da ótica viciada do presente, jamais foi, verdadeiramente, analisado. E nem muito menos foi convenientemente medida a influência dos fatores externos na questão do aparecimento e da evolução da vida no nosso planeta. Por conseguinte, tudo o que era "de fora" e que se situava além do limite do que era taxado como "terrestre", era classificado, de alguma maneira, pela crença religiosa e não pelo estudo científico, hoje já é sabido pela ciência.
Sabe-se, atualmente, que existem mais estrelas e planetas no universo - somente naquele que é atualmente conhecido pelo homem - do que todos os "grãos de areia" da terra. O interessante é que, mesmo representando tão pouco, devido a sua modestíssima participação no total, a viciada ótica terrestre tem a pretensão descabida de, mesmo sem ainda conhecer o suficiente para poder algo concluir sobre a questão extraterrestre, transformar em "coisas sem importância" o que de mais importante existe.
Conseguimos praticar, através dessa postura, o maior atentado ao nosso
entendimento e hoje, orgulhosamente, tomamos o menor pelo maior, o
acessório pelo essencial, enfim, entronizamos a terra como foco criador
em detrimento da própria obra da criação universal.
Sem pretender estabelecer verdades, desejamos ofertar, apenas, alguns padrões para que possa existir uma reflexão sadia sobre a questão "extraterrestre", livre das inclinações impostas pelas óticas distorcidas que dominaram, durante tantos séculos, a penosa evolução da família planetária terrestre."
Sem pretender estabelecer verdades, desejamos ofertar, apenas, alguns padrões para que possa existir uma reflexão sadia sobre a questão "extraterrestre", livre das inclinações impostas pelas óticas distorcidas que dominaram, durante tantos séculos, a penosa evolução da família planetária terrestre."
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