Por Claire Bates
Traduzido por InconscienteColetivo.net
O Governo foi incentivado hoje a fazer planos de contigência em
virtude de uma explosão solar anômala, que poderia “nocautear” a rede de
eletricidade nacional e criar uma escassez severa de comida e água.
O deputado trabalhista Graham Stringer disse que a Grã Bretanha
deverá estar preparada para uma repetição da tempestade solar de 1859,
que atingiu a Terra e paralisou boa parte do sistema telegráfico.
Em uma moção na Câmara dos Comuns, o Sr. Stringer disse que um evento
desse tipo poderia “nocautear a rede elétrica nacional, levando a uma
perda no suprimento de água, transportes e comida que então ocasionaria
uma emergência nacional”.
O chamado “Evento Carrington” foi uma tempestade magnética que
atingiu a Terra em 1859 e causou o colapso nos sistemas telegráficos por
toda a Europa e América do Norte. Foram reportados os avistamentos de
auroras até no sul da Flórida.
Agora um relatório patrocinado pela NASA alega que uma tempestade
desse tipo, nos dias de hoje iria levar a um “desastre planetário”.
O estudo da NAS, que foi publicado em janeiro deste ano, salientou o
impacto devastador que tal fenômeno teria. Por exemplo, isso poderia
deixar metade dos EUA sem energia por 90 segundos, sem carvão mineral
depois de 30 dias e levaria uma década para o país se recuperar.
Um cenário como este iria custar um valor estimado de £1.5trilhões – e isso seria apenas no primeiro ano.
Ficção científica? Não de acordo com Mike Hapgood, que preside o time de climatologia espacial da Agência Espacial Européia.
“Eu não acho que o relatório da NAS seja sensacionalista”, ele disse ao New Scientist.
“Este é um relatório equilibrado e razoável.”
O modo de vida do século 21 depende demais da tecnologia, e
cientistas dizem que isso é que deixa a sociedade em risco de um
“desastre planetário”.
Ao contrário de muitos desastres naturais recentes, uma grande
explosão solar poderia causar um grande sofrimento em países
desenvolvidos.
Bolas de plasma estourando na superfície do sol podem destruir as
nossas modernas redes de eletricidade, que iriam puxar essa energia para
si como se fossem antenas e rapidamente teriam sobrecarga.
Isso teria um efeito indireto em muitos dos sistemas que sustentam a
nossa vida, incluindo o tratamento de água e esgoto, resfriamento de
medicamentos, entregas de supermercado, controles de centrais elétricas e
mercados financeiros.
Para reconstruir a rede elétrica, os hubs de transformadores
derretidos teriam que ser trocados, mas os novos levariam até um ano
para funcionarem devidamente.
Atualmente o NASA’s Advanced Composition Explorer (ACE) é o
indicador mais importante do que se recebe do clima espacial. Ele pode
dar de 15 a 45 minutos de alerta de tempestades geomagnéticas, e as
companhias de energia precisam de 15 minutos para preparar os sistemas
para um evento crítico.
Entretanto, o ACE já tem 11 anos e está operando muito além do seu tempo “de vida”, sem planos para troca.
“Nós vamos perder muito da nossa capacidade de antecipação de alerta”, disse o sr. Hapgood.
Além disso, o clarão emitido durante o Evento Carrington viajou tão rápido que levou menos de 15 minutos para a chegar a Terra.
O relatório da NAS foi publicado para estimular o debate e o autor
chefe, Daniel Baker, da Universidade do Colorado, espera que isso fará
com que decisões sejam tomadas.
“Dá muito trabalho educar os políticos, e isto é especialmente verdade nesses eventos de baixa freqüência”, disse ele.
“Mas nós estamos nos movendo cada vez mais para perto da possibilidade de um desastre.”
Fonte:www.newscientist.com / www.dailymail.co.uk
Nenhum comentário:
Postar um comentário